“Um investigador obcecado em encontrar uma misteriosa serial killer coloca a própria sanidade em risco”.
Essa é a simples sinopse do longa Sombra Lunar (In the shadow of the moon), a Netflix film. Ao ler esse resumo, me peguei fascinado a assisti-lo por adorar a temática de serial killer e, sem pesquisar muito, já fui logo consumindo. Não vi que se trata na verdade de uma ficção científica, e acho que se tivesse visto essa classificação antes de assistir talvez não o faria. Poucos filmes ultimamente tem acertado na temática viagem no tempo, como os bons Efeito Borboleta (2004), Contra o Tempo (2011) e O Predestinado de 2015.
Sombra lunar toma uma carona com o enredo da história dos Estados Unidos e da sua independência. O filme se passa na cidade da Filadélfia (Pensilvânia), local onde, em 1776, foi assinada a Declaração de Independência Americana. É sobre esse pano de fundo que se desenvolve toda motivação e história do longa. O policial Thomas (Boyd Holbrook) investiga uma série de assassinatos ocorridos de forma misteriosa em 1988 que são cometidos da mesma forma mas não possuem ligação nenhuma entre si. Investigando e coletando evidencias juntamente com o detetive Holt (Michael C. Hall, ator de “Dexter”), eles acabam achando o(a) assassino(a) que entra em luta corporal com Thomas antes de ser jogada na linha de trem e morta instantaneamente. Até aí, fim de papo, assassino morto e caso encerrado. Entretanto, antes de ser morto o(a) assassino(a) revela fatos da vida do policial que somente ele e a esposa poderiam saber. Junte isso com a forma misteriosa em que as vítimas morreram, e BUM! Temos um enredo.
A partir desse ponto é que Sombra Lunar tenta inovar na sua história. Há uma série de pontos no filme – e preste atenção – que vai nos colocando em contato com a história do nascimento dos EUA e dos “pais fundadores”. Aqui o roteiro peca um pouco por ser muito sutil ao usar esses conectivos. Um americano entenderia muito bem as referências feitas a respeito da história americana, mas um “gringo” não pega muito bem, o que acaba comprometendo um pouco a simbiose entre roteiro e telespectador. Sem querer dar spoilers, e apoiando a curiosidade de você leitor para assistir o filme, fique atento a detalhes que o diretor usa para “marcar” o tempo e as linhas temporais.
Ponto positivo para o ator Boyd Holbrook (Narcos) que consegue mostrar a evolução, cansaço e até a maluquice de se investigar um evento sobrenatural em uma sociedade que não enxerga a possível existência desse tipo de evento. Em termos de direção pouco se vê de dedo do diretor, que é razoável no quesito transição de câmeras e quadros captados. Ele peca quando não aprofunda a clareza nas referências e vai bem na ambientação do filme com o passar dos anos.
Por fim, Sombra Lunar consegue mostrar um enredo mais leve e menos “ficção científica” ao propor misturar temáticas como história americana, serial killer e viagem no tempo. A figura incansável do policial Thomas dá folego a um enredo que poderia ter sido enxugado e explorado melhor em algumas partes mais centrais. Boa opção de filme acessível, com um plot twist muito legal no final e que garante uma diversão de um suspense inovador.
Para quem já assistiu, fiz um quadro explicativo para alguém que se perdeu no meio do filme e por acaso não entendeu seu “meio de campo”. (A PARTIR DAQUI É COM SPOILERS!).
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