“No século XXI, as pessoas acordaram do Sonho Americano. Anos de consumismo levaram à escassez de cada um dos principais recursos e o mundo inteiro se desenredou. A paz se tornou uma lembrança distante. Estamos agora no ano de 2077 e estamos à beira de uma guerra total e estou com medo, por mim, por minha esposa, por meu filho. Porque se algo que meu tempo no exército ensinou foi que a guerra… a guerra nunca muda”.
(Dica: dê play no vídeo abaixo antes de começar a ler, é uma ótima trilha para o post!)
Fallout 4 é um jogo de ação em primeira ou terceira pessoa com elementos de RPG. Foi lançado em 2015 pela gigantesca Bethesda. Nele, seguimos um herói do passado em busca de vingança e de seu filho desaparecido na devastada Boston 200 anos após a Terceira Guerra Mundial.
Nosso herói ou heroína inicia o jogo nas últimas horas do mundo antes de um ataque nuclear chinês em Boston (chamada no jogo como Commonwealth), mas consegue se refugiar com sua família em uma Vault, que são abrigos nucleares construídos pela corporação VaultTec. Após despertar de um estado criogênico, vemos nosso cônjuge ser morto(a) e nosso filho sequestrado (isso não é spoiler, acontece em 5min de jogo). Agora devemos revirar as ruínas do velho mundo e a nova sociedade pós-apocalíptica que tomou seu lugar.
Ao longo de nossa jornada, conhecemos diversas facções que nos auxiliarão (ou atrapalharão): Os Minutemen, um exército irregular que protege os assentamentos do Commonwealth; O Instituto, uma misteriosa organização de cientistas que constrói humanos artificiais chamados Sintéticos e é o grande “bicho papão” da região; A Ferrovia, um grupo revolucionário inspirado numa organização de mesmo nome que ajudava a libertar escravos no século XVIII, mas agora lutam pela libertação dos Sintéticos; a Irmandade de Aço, a grande marca registrada da franquia Fallout, uma ordem de paladinos armados com as devastadoras Power Armours que buscam “purificar” os EUA das “pragas” criadas pelo mau uso da tecnologia do passado.
Fallout 4, assim como o clássico da Bethesda Elders Scrolls V: Skyrim, é um jogo de mundo aberto com inúmeras localidades para explorar, dezenas de missões e é um jogo que facilmente passa das 100 horas de gameplay. Além da exploração, podemos nos dedicar à construção de assentamentos, construção de armas, armaduras, drogas, itens de cura e até mesmo robôs! Também podemos nos dedicar a coletar pelo mundo os objetos colecionáveis disponíveis como revistas (HQs que liberam poderes únicos, revistas de decoração que liberam peças novas para os assentamentos, revistas de carro que destravam pinturas novas para nossa Power Armour, etc) e bonecos bobbleheads. Também temos seguidores que podem nos auxiliar nas missões. Melhorar a relação com eles pode liberar diálogos únicos (alguns são bem interessantes) e novas habilidades.
Fallout 4 possui algumas DLCs:
- Automatron, onde um novo inimigo chamado o Mecanista está soltando pela Commonwealth suas hordas de robôs;
- Far Harbor, uma história de mistério, com várias referencias a Lovecraft e Stephen King, localizada numa pequena ilha na costa;
- Nukaworld, onde vamos para os restos do parque temático do saboroso refrigerante Nuka-Cola.
Além desses, tem os pacotes de oficina que liberam peças únicas para os assentamentos.
Precisamos falar sobre a estética que o marca o tom da franquia. Fallout é um jogo atompunk, ou seja, uma visão de um mundo futurista movido pela energia atômica. A sociedade é toda pautada no átomo, seja antes ou depois da Guerra. As músicas na rádio fazem metáforas de amor com radiação, a religião segue o Átomo como aquele que divide e ilumina tudo (aqui representado pelos fanáticos do culto Child of Atom). A bebida mais popular é o refrigerante Nuka-Cola (nuke é uma expressão para falar de armas nucleares). A radiação é algo recorrente, podendo se tornar um problema se não tomarmos cuidados com os seus níveis em nosso corpo. Além dessa estética atompunk, Fallout tem uma estética baseada nos anos 50, com todos os tropos da sociedade americana.
A franquia Fallout iniciou-se em 1997 e desde então possui um discurso bastante crítico a alguns pontos da sociedade americana: o consumismo desenfreado está criando um mundo sem recursos e coberto de entulho e lixo, e nesse contexto, a vida das pessoas se torna tão descartável quanto a sucata. O militarismo é algo que reforça esse desapreço pela vida, desumanizando e doutrinando jovens para lutar batalhas que não são suas. A doutrinação militarista é pautada numa visão anticomunista torta que beira a infantilidade.
O tom das críticas era bem mais intenso nos primeiros jogos da franquia, mas ainda podemos identificar esses elementos nos jogos mais atuais. Na minha vivência, Fallout 4 é atualmente o jogo a que mais tenho me dedicado. Eu sou um fã descarado de Skyrim, e Fallout foi uma opção que cheguei após enjoar um pouco de matar dragões e Falmers. O jogo é realmente muito bom e tem pano pra manga para dezenas de horas, principalmente com a quantidade de mods disponíveis na internet. Entretanto, a quantidade de bugs (marca registrada dos jogos da Bethesda) as vezes atrapalha a experiência.
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