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Em novembro de 2020 eu indiquei o primeiro livro dessa trilogia, O ceifador, para ser a nossa leitura do mês do Puxando da Estante e fiz a sua resenha. Ivy, outra puxer do site, que também participa do nosso podcast literário, se empolgou e fez a resenha do segundo livro da saga, A nuvem. Hoje, eu venho falar sobre o terceiro e último livro da série, O timbre.
A partir daqui contém spoilers para quem não leu os livros anteriores.
Após os acontecimentos de A nuvem, o mundo que conhecemos em O ceifador virou de ponta-cabeça. A Nimbo-Cúmulo tornou as pessoas infratoras, negando acesso a todos, com exceção de seu ex-infrator pessoal, Grayson, também conhecido como o Timbre, Vossa Sonoridade, e algumas outras alcunhas.
Com a Nimbo-Cúmulo em silêncio e sem um Conselho Mundial de Ceifadores, a Ceifa cai em desordem generalizada, com cada Alto Ceifador agindo como bem entende. Além disso, os tonistas se encontram cada vez mais descontrolados. Citra e Rowan afundaram junto com Perdura, e Goddard ascendeu como Alto Punhal da Mérica do Norte. Ou seja: caos para a humanidade.
É com essas premissas que o livro tem início. Seguindo a linha dos livros anteriores, cada capítulo alterna entre algumas perspectivas: a de Citra, de Rowan, do Timbre, e de alguns outros personagens. Isso serve para entender o que está acontecendo em cada lugar e, mais importante, quando está acontecendo.
O timbre, como seus predecessores, tem um ritmo ágil, porém, diferentemente deles, tem introduções chatas e morosas em alguns capítulos. Isso acontece porque, além de serem de fato tediosas, elas só vão fazer sentido no final do livro. Então o leitor pensa: “ahh, então era sobre isso que se tratava”.
Esse, contudo, é o único “porém” do livro — além da personalidade de Grayson, mas isso é discutível. Ele segue bem o tom (trocadilhos à parte) ditado pelos anteriores e traz um desfecho que se encaixa na história criada sem ser previsível. Além disso, O timbre traz ótimos paralelos com a nossa realidade e é divertidíssimo identificar alguns desses elementos.
Eu, particularmente, adorei O timbre. Especialmente, por terminar a trilogia de maneira satisfatória, o que pode ser algo raro em séries. O autor retoma muito bem a história e, além disso, nos apresenta novos personagens que acrescentam novas camadas naquele mundo que pensávamos já conhecer por inteiro. Além disso, continua com sua marcante característica de fazer o leitor refletir, extrapolar o que está lendo e conectar as ideias com a sua própria realidade e sociedade. Com certeza indico a quem possa se interessar por ela.
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