Rua do Medo: 1994 – Parte 1 é um novo filme de terror e suspense da Netflix, dirigido por Leigh Janiak. Baseado na série de livros infanto-juvenil de terror de R. L. Stine, o filme é o primeiro de uma trilogia a ser lançada semanalmente pela Netflix. As sequências Rua do Medo: 1978 – Parte 2 e Rua do Medo: 1666 – Parte 3 chegam respectivamente em 9 de julho e 16 de julho ao catálogo do streaming.
Filmes dos gêneros terror e suspense nunca chamam minha atenção pelo simples motivo de: sou medrosa. Sempre me assusto nas cenas mais banais, então ver algo desse gênero ocorre apenas em última instância. Rua do Medo: 1994 – Parte 1 foi uma exceção à regra. O filme em si é uma exceção à regra. Partindo da premissa, já temos algo fora do usual clichê ao ter como centro da história um casal LGBTQIAPN+.
A história acompanha Deena (Kiana Madeira) – nossa Moe em Gatunas – e o seu drama existencial de morar em Shadyside, cidadezinha pacata e assombrada por tragédias associadas a uma bruxa que foi assassinada em 1666. Deena mora com o irmão, Josh (Benjamin Flores), e o seu pai, que não aparece durante o filme. Ela tem como melhores amigos Kate (Julia Rehwald) e Simon (Fred Hechinger), que são responsáveis, juntamente com Josh, pelas cenas cômicas do filme. Deena está sofrendo por sua paixão e obsessão – nas palavras de Josh – Sam (Olivia Welch), sua ex-namorada que se mudou após o divórcio dos pais para Sunnyvale, a cidade vizinha rica de Shadyside.
Por ser um filme introdutório à trilogia de Rua do Medo, os acontecimentos caminham de forma lenta em boa parte do filme a fim de gerar tensão ao espectador em relação à cidade de Shadyside. Mas isso, a priori, não ocorre. A tensão acontece apenas depois de um acidente sofrido por Sam e outros alunos da Sunnyvale em perseguição ao ônibus escolar de Shadyside, acarretando de forma misteriosa em inúmeros assassinatos.
Deena, Josh, Kate, Simon e Sam partem em busca de desvendar o que gerou a nova onda de assassinatos que assombra Shadyside. Então a aventura e o terror começam – bem, nem tanto terror assim. Aqui quase não há terror, mas o suspense permeia boa parte do filme. A dinâmica criada entre os personagens é o que faz com que a tensão seja construída de forma natural. Os personagens ditos coadjuvantes têm um grande impacto na história e são bem carismáticos, o que me fez torcer efusivamente pelo romance de Kate e Josh.
Apesar de ser um filme de suspense com um drama de casal entre Deena e Sam como pontapé inicial para os acontecimentos posteriores, o romance entre elas é construído como plano de fundo, sendo a relação desenvolvida de forma simples sem grandes malabarismos. O que não é nada usual, principalmente por estarmos falando de um casal LGBTQIAPN+.
Além disso, Rua do Medo: 1994 – Parte 1 consegue ser um ótimo filme, principalmente para pessoas –assim como eu – medrosas. É um longa que se desenvolve de forma lenta; bem introdutório, de fato. Tem alguns furos, os quais, acredito, serão respondidos nos próximos filmes da trilogia. Dessa forma, Rua do Medo: 1978 – Parte 2 promete se aprofundar ainda mais no mistério que ronda Shadyside.
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