Quase dois anos depois da primeira, foi lançada a segunda temporada de The L Word: Generation Q, produzida pela Showtime e disponível no Amazon Prime Video. Como a sua antecessora, essa temporada foi cheia de reviravoltas. Se ainda não leu a resenha sobre a primeira, clica aqui. Muito cuidado, pois teremos muitos spoilers à frente.
The L Word: Generation Q não decepciona na trilha sonora, no enredo e nas histórias. Mesmo com mais de 16 anos de história, contando com a The L Word original, a série não para de se reinventar, trazendo discussões atuais e importantes sobre gênero, raça e muitos outros temas considerados polêmicos. Além disso, é claro, elas também não param de fazer girar a cabeça do público com os novos rumos que as histórias tomam.
Na segunda temporada, posso dizer que houve uma verdadeira troca de casais. Dentro do limitado cenário LGBTQ+ de Los Angeles, não é difícil esbarrar em uma — ou algumas — ex. Particularmente, gostei muito do fato de Dani Nuñez (Arienne Mandi) e Sophie (Rosanne Zayas) não terem se casado. Sarah Finley (Jacqueline Toboni), com quem Sophie traiu Dani, chegou no último momento e a cerimônia foi por água abaixo.
Curti bastante o aprofundamento na história da Dani, que se mostrou frágil quando seu pai foi preso e ela viu sua família desmoronar. A pessoa que resolvia os problemas de todo mundo não conseguia lidar com os seus e encontrou em Gigi Ghorbani (Sepideh Moafi) um ombro mais que amigo. Com toda a sua sensualidade e magnetismo natural, não foi difícil fazer Dani se apaixonar, mas confesso que em alguns momentos as atitudes de Gigi podem ser muito inconsequentes.
Essa temporada de The L Word: Generation Q trouxe ainda discussões sobre relacionamentos com pessoas com deficiência (PCD) e capacitismo quando mostra o desenrolar do romance entre Micah (Leo Sheng) e Mirabel Suarez (Jillian Mercado).
Não podiam faltar os dramas da Alice (Leisha Hailey). Ela se vê apaixonada pelo editor do seu livro, Tom Maultsby (Donald Faison), e precisa se assumir bissexual novamente, coisa da qual ela tem receio, já que possui uma audiência majoritariamente lésbica. O momento mais emocionante, sem dúvidas, foi ouvir o capítulo que ela escreveu sobre a Dana (Erin Daniels), uma das minhas personagens favoritas, que morreu de câncer na primeira fase da série.
Além disso, na seção “Casos de Família”, temos a busca de Angie (Jordan Hull) pelo seu doador e, quem sabe, por uma relação pai-filha, que acaba antes mesmo de começar. Como se não bastasse de dramas nessa família, as roteiristas capricharam nos maus-tratos aos fãs e nos fizeram acreditar que ainda existe uma centelha de amor entre Bette Porter (Jennifer Beals) e Tina (Laurel Holloman) pronta para entrar em combustão.
O casal, que teve o relacionamento mais longo exibido em The L Word, fez até meu coração bater mais forte. Depois de ter rompido o noivado com Carrie Walsh (Rosie O’Donnell), que não fazia questão de esconder seus ciúmes de Bette, Tina aparece para sua ex e aí se encerra a segunda temporada. Será que a gente sobrevive até a terceira?
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