Sabe quando nós nos deparamos com uma recomendação de leitura em algum lugar aleatório da internet e decidimos ver no que vai dar? Foi exatamente assim que eu conheci essa obra. I Stan The Prince, também conhecida como I’m Stanning the Prince, é um Manhwa de comédia, Romance e Fantasia de Zoo Sun, publicado originalmente pelo Kakao em 2020 e licenciado pela Tapytoon. Com 45 capítulos publicados e seu primeiro arco concluído, essa Webcomic me chamou a atenção pela sua proposta diferenciada.
I Stan the Prince conta a história de Angela, uma aldeã comum que possui uma admiração secreta pelo Príncipe deposto, Rayburn, e o utiliza como inspiração para escrever histórias. Rayburn é odiado pelas pessoas do seu reino por rumores envolvendo o seu passado, mas as coisas começam a mudar depois que uma das fanfics de Angela é publicada e se torna um best-seller, conquistando uma legião de fãs que ficam apaixonadas pelo Príncipe. A família Imperial não gosta da popularidade repentina que o ex-herdeiro ao trono ganha por causa do Livro recém-publicado, e resolve ir em busca da misteriosa autora para executá-la por traição. A irmã de Rayburn, Princesa Hoya, enxerga nessa situação a possibilidade de melhorar a imagem manchada de seu irmão, fazendo com que o mesmo volte a ser cotado para herdar o trono. Dessa forma, a Princesa oferece proteção a Angela em troca da autora escrever uma continuação do primeiro livro, exaltando ainda mais a imagem do Príncipe deposto – que, por sinal, odiou o livro. A jovem agora pode tietar o príncipe tanto quanto seu coração quiser, mas será que conseguirá afastar seu lado frio e distante e se inspirar o suficiente para seu próximo livro?
A primeira coisa que despertou meu interesse quando vi a recomendação desse Manhwa foi o traço. A imagem de divulgação era tão bonita que me fez querer saber um pouco mais sobre a história, e foi assim que me deparei com uma sinopse um tanto quanto curiosa: uma garota que escreve uma fanfic de sucesso e, por isso, precisa conviver com a pessoa que admira enquanto procura inspiração para seu próximo trabalho – embora pareça um desenrolar comum. Sendo que todo esse cenário acontece NA ERA MEDIEVAL!
E é exatamente assim que podemos definir esse Manhwa: as aventuras de uma fanfiqueira medieval. Essa proposta ressoou com a fanfiqueira que existe em mim, e foi então que eu decidi me aventurar nesse universo – e, posso garantir, não me arrependi nem um pouco. A forma como Angela retratou o príncipe na sua obra atraiu diversas mulheres apaixonadas por esse imaginário, e o modo como essas mulheres agem é familiar, semelhante ao que ocorre na vida real (e acho que por isso se torna tão engraçado): elas fazem bichos de pelúcia para seu ídolo, comercializam produtos com o seu rosto, fazem um estardalhaço quando ele aparece e todo o pacote incluso quando você se apaixona por uma celebridade. Para quem, assim como eu, possui suas admirações e paixonites em personagens fictícios, é bem divertido e faz a gente se identificar com as situações que acontecem na trama.
Além disso, o autor tem sacadas muito boas no quesito comédia. Ele faz um uso inteligente dos recursos visuais disponíveis para contar a história, como mudança de traço nos momentos certos e a estrutura dos diálogos, além de situar bem as tiradas humorísticas. Eu ri bastante lendo esse Manhwa, e olha que não costumo rir nessas situações – talvez o “x” da questão esteja exatamente nessa questão de identificação que rolou comigo. Era divertido porque até mesmo os pensamentos da protagonista sintonizavam com os meus – em determinada situação ela pensava algo decorrente da mente fanfiqueira dela, e eu ria porque naquele momento eu estava pensando exatamente a mesma coisa. Pois é, uma fanfiqueira reconhece a outra.
Embora pareça ser uma história bem zueira no começo, aos poucos o ritmo vai dando entrada nas partes fofas de romance e a trama política começa a aparecer. Eu, como fã de romance, sou suspeita para falar – mas AH! Como são fofas essas partes! A relação de Angela com o Príncipe não é forçada, a interação entre eles flui naturalmente e é bonito ver o carinho e preocupação que um tem com o outro. Shippo muito os dois sim, e sorri animada todas as vezes que surgiam interações entre eles.
Essa recomendação de leitura vai para aqueles que curtem histórias que trabalham um pouco o lado nonsense e saem do lugar comum, além de curtir uma pegada mais romântica. O roteiro não é tão complexo, é feito de forma a entreter os leitores e isso deu muito certo para mim. Eu devorei os capítulos rapidamente e me diverti com os personagens e as situações retratadas, além de shippar bastante. Estou esperando ansiosamente o lançamento do segundo arco dessa história. Acredito que I Stan the Prince merece mais amor e reconhecimento, então se você está procurando algo novo para ler, ou simplesmente não está procurando, mas está sem fazer nada e aberto a novas sugestões aleatórias, dê uma chance e embarque nessa aventura junto comigo!
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