Após a morte do Drácula e o fim da sua guerra pessoal contra a humanidade na segunda temporada, Trevor e Sypha decidem partir em busca de aventuras ao redor do mundo, enquanto Alucard permanece no castelo do Drácula, para preservar o conhecimento presente naquele local, ao mesmo tempo em que lida com a morte de seu pai.
A terceira temporada de Castlevania, inicialmente, tem a árdua missão de preencher o vazio deixado pelo Drácula, visto que toda a história girava em torno dele. Porém, mesmo não estabelecendo um vilão principal (ao menos não de forma concreta), a história contada consegue prender a atenção do espectador e serve como um reinício para cada personagem.
Com a derrota do Drácula, Castlevania passa a ter diversas tramas paralelas que, provavelmente, irão se conectar no futuro. É possível perceber também um melhor desenvolvimento dos personagens, e um aprofundamento no debate sobre a natureza humana, mostrando que o vilão nem sempre precisa ser uma criatura sobrenatural.
Apesar de não ser uma temporada recheada de ação, a sua lentidão inicial é justificada, uma vez que o principal antagonista da série foi morto, tornando imprescindível o estabelecimento de um novo conflito central. Ainda que a trama não focalize mais no Drácula, a sua presença permeia todos os episódios, dando a constante impressão de que ele pode retornar a qualquer momento, como já aconteceu em alguns jogos da franquia.
A animação segue um caminho mais independente nessa temporada, ousando bastante ao transformar Alucard em um possível antagonista, algo sugerido desde o final da segunda temporada. Muitos criticaram o arco de Alucard na trama, mas acredito que ele tenha sido bastante positivo para o personagem. Além disso, a cena final, entre ele e os gêmeos, também sofreu críticas imotivadas, mesmo servindo para explicitar a – pouco mostrada na série – relação dos vampiros com a “carne”, que, neste caso, teve um forte apelo sexual.
Por fim, assim como nas outras temporadas, o investimento da produção, sobretudo nas cenas de ação, foi maior nos últimos episódios e conseguiu entreter bastante. O grande diferencial dessa temporada, contudo, foi a existência de não apenas um clímax, mas de vários, visto que haviam diversas tramas simultâneas. Sendo que, em Castlevania, os clímax são pontos de virada para os personagens, que não conduzem, necessariamente, a um final feliz.
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